sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Poema de nós dois (sem início e muito menos sem fim)

Poema de nós dois (sem início e muito menos sem fim) por: Mateus Ribeiro

Diálogo: ela e ele

Frágeis versos por quê?

Se a palavra é tão forte

O sentimento não falha

O ferimento é certeiro

E o coração não erra...

Brinca-se de poesia como se lapida um cristal

O pensamento errante perto de alguém especial

O problema é que cristais se quebram

Quando encontram um coração demasiado duro...

Porém apesar de todas as dificuldades

Meu coração negro sangra

Ao se encontrar com os sentimentos seus,

Sua carne também se esvai em sangue

As gotas se misturam e fervem

Mancham os lençóis de vermelho


Enquanto ela sussurra gemidos ardentes

Me arranha o corpo e me beija

Um beijo sedento por amor

Que de tão sofrido

Mais sangue faz escorrer

Acendendo nossos corpos

Que em um abraço de morte

Ardem em êxtase no fogo do prazer


(++)


(no cemitério)

Amanhecem dois cadáveres

Abraçados na companhia dos outros (mais antigos)

Eles que por se amar morreram

Para repetir muitas e apaixonadas vezes mais

E enfim, em um delicado sopro de vida que se esvai

Abandonar o encanto da eternidade que termina...

Deixando o outro pra dormir

Em lençóis úmidos de orvalho e lágrimas

Nesse amor eterno e contraditório

(R.I.P)

Separados e juntos para sempre.

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